Uma cidade nasce da necessidade de proteção e abrigo. Ela divide, restringe e delimita o espaço; o selvagem e o civilizado.
Ao dividir surgem limites que são como fronteiras de segregação - geram um apartheid urbano e social - onde a lei para muitos é o hostil cenário da sobrevivência e para poucos é a bolha de poder e riqueza e a alienação social.
Muros, paredes e cercas são como grandes muralhas: acentuam as diferenças... Trespassar fronteiras periféricas e fundir contradições presentes na urbanidade é a condição para quem sabe se chegar ao ideal de uma cidade sem limites e restrições.
Por Marina M. Baldissera.
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