segunda-feira, 26 de setembro de 2011



Periferias... 


(por Jonhara R. Fagundes e Rute Ricken de Medeiros)

...não só o que não é central, muitas vezes o que não é ideal


Poluição, ausência ou falta de qualidade na distribuição de recursos básicos. As periferias visitadas pela turma, como tantas outras, esbanjam informação, na quantidade de animais, casas, lixo, quinquilharias; e, apesar de tudo isso revelar incrível harmonia em fotografias – talvez mais interessante do que a imagem de um prédio qualquer no centro da cidade – o fato é que grande parte das periferias brasileiras é mal habitada, como estudamos e presenciamos, infelizmente uma realidade comum.
No caso específico de Pelotas, o canal São Gonçalo, por exemplo, que se localiza em uma das áreas mais baixas da cidade, se encontra rodeado por moradias que não respeitam a distância mínima até os leitos e conseqüentemente sofrem com enchentes, alem disso essas pessoas convivem com o lixo que se acumula no canal e com o risco freqüente de acidentes, considerando a falta de segurança e a necessidade de revitalização da área, que tem potencial para se tornar um ótimo espaço de lazer para a comunidade.


As periferias são verdadeiras, complexas e paradóxicas obras de arte a céu aberto, máquinas de criar reações, muitas vezes de indiferença, mas muitas vezes de espanto, ou por ver beleza, ou a falta dela. Depende dos olhos de quem vê.
A composição é uma só, os efeitos variados, mas o fato é que a arquitetura e urbanismo das periferias brasileiras merece atenção, não internacional, para que favelas se tornem inspiração para projetos habitacionais, onde o que era vergonhoso e se tentava esconder passa a se tornar mais interessante, mas sim de pessoas que façam a diferença. E arquitetos e urbanistas estão ressaltados nesse grupo.

A cidade é um organismo vivo, enquanto houver gente pisando nela, ela viverá, e se transformará a cada instante. Existe todo tipo de gente. Existe todo tipo de lugar. Isso não deve mudar, mas “todo tipo de lugar deve ser mais humanamente habitável”. Nos dias de hoje, em que teoricamente todos têm direito a voto, trabalho, comida, é necessário que na prática todos tenham direito à cidadania, à humanidade, à condições decentes de moradia, à arquitetura e urbanismo.

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