Aula, encontro, THAUII...
Como o combinado no início dos encontros, prefiro chamar assim, porque aula é um termo muito rígido, prosaico e não reflete a liberdade que tivemos ao falar, pensar e sentir, nessa disciplina surpreendente que pudemos desfrutar ao longo do semestre.
Resolvi compartilhar no blog um resumo dos nossos encontros, antes mesmo deles começarem, surgiu na caixa de entrada da turma um e-mail, falando do blog, do canal no youtube e do twitter de teoria dois, começava neste momento a apresentação da disciplina, um cuidado, ao meu ver, pois nesse momento a curiosidade de todos foi aguçada e surgia a expectativa do que iria acontecer nas segundas-feiras pela manhã. No primeiro encontro, o professor Maurício Polidori, explanou sobre a disciplina, sobre os próximos encontros e saídas de campo, elas teriam várias escalas, da macro a micro.
A primeira saída de campo, teve como ponto de partida Catedral São Francisco de Paula. Dela seguimos até o canal da argolo, com explicações sobre a formação da cidade, o relevo, o desenho das ruas, a arquitetura, o aumento da cidade...
A segunda saída de campo foi para a Colônia Maciel, onde tivemos o prazer de sermos recebidos, por Marco Gottinari e esposa, descendo do ônibus foi possível sentir o clima acolhedor daquele ambiente, ao entrarmos e nos acomodarmos sentados em círculo na sala da casa, o Marco tocou violão, falou sobre a história do lugar, o novo estilo de vida que foi adotado por eles, o sistema de cultivo da terra chamado agrofloresta, que pudemos conhecer durante a trilha que fizemos no local, depois do almoço – vegetariano, de primeira qualidade, desfrutamos das cachoeiras do lugar, que junto com o heike coletivo, renovaram as nossas energias.
Na saída que fizemos a periferia, além dos percalços ocasionados pelo caminho ruim, e do ônibus ter estragado, o cheiro forte do esgoto...
A aula das pizzas, que surgiu a partir da saída de campo e do texto ''Espaço Intra Urbano no Brasil", do Villaça, que serviram como maquete e janta.
Bairros, visita ao condomínio Las Acácias, Barro Duro que tem o desenho parecido com planta de Washington, a colônia de pescadores Z3, onde as ruas não têm desenho certo, as casas dão forma a rua, não são respeitados alinhamentos, as ruas são sinuosas, livres, surgem conforme a necessidade dos moradores.
Barro Duro, Pelotas/RS.
Washington, DC.
Visita intermunicipal, a cidade escolhida foi Jaguarão, onde ruas inteiras são tomabadas como patrimônio histórico, diferente de Pelotas, onde são tombados alguns casarões, a economia gira em torno da pecuária e do turismo de compras, pelo fato de ser fronteira com o Uruguai. Lá visitamos as ruínas da enfermaria militar, que no fim de tarde, trouxe um pouco do que foi aquela cidade fronteiriça...
As aulas também contam com bibliografia, uma das últimas estudadas foi o texto da Sônia Barrios, chamado “Produção do Espaço”, após a discussão desse texto chegamos a conclusão que a maioria das decisões de projeto de espaço urbano, cultural, termina em um Y. Nessa bifurcação, se escolhe, reproduzir o que existe ou inovar, foi isso que teoria dois me ofereceu durante o semestre, inovação, desconstrução de idéias pré-existentes, sensação, poder sentir o ambiente estudado, conviver com pessoas diferentes, diferentes estilos, o vegetariano que vive em harmonia com a natureza, o pescador, a vila de pescadores, o cheiro da periferia, sentir o vento, o chão, o gosto, permitir-se tocar pelo ambiente que nos cerca, pelas pessoas que são parte dele, sair do ambiente fechado e dar voz ao ambiente que existe fora da nossa rotina.
Dar voz aos nossos pensamentos, tirar as amarras, liberdade é a definição de Teoria de Arquitetura e Urbanismo II.
Vanessa Peres Martins
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