Praça Coronel Pedro Osório "Caminhando por Pelotas, lembrei de quando eu nasci. Um quarto da Santa Casa, o palco do Guarany. Contei paralelepípedos, a caminho da escola. Sonhei ladrilhos hidráulicos, paredes de escaiola. Peão, bolinha de gude, pandorga, iô-iô, gibi, bici, carrinho de lomba, eu sou o mesmo guri. Comi tanta pessegada, fios de ovos, bem-casados e pastéis de Santa Clara, que fiquei cristalizado. E voei até a Praça, passei no Sete de Abril, os pardais faziam festa naquela tarde de frio. Tomei um café no Aquario, bem quente pra ver se aquece. Agradeci 'obrigado', e a moça disse 'merece'. Andei a pé na Avenida, passei na Boca do Lobo, e fui até a Baixada, pois era dia de jogo. E naveguei pelo Porto, Fragata e Areal, Três Vendas e São Gonçalo, e praias do Laranjal. É tanta guria linda, eu fico até espantado. Nunca vi tanta beleza, por cada metro quadrado. O vento nos teus cabelos, desenha outra escultura junto à Fonte das Nereidas, e aos traços da arquitetura. Terra de todos os meus sonhos, Princesa do Sul bonita. O meu amor não tem fim, é como uma rua infinita. Pelotas, minha cidade, lugar onde eu nasci. Ando nos braços do mundo, mas sempre volto pra ti." (Kleiton e Kledir - Pelotas)
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